A problemática da baixa produtividade e a influência da tecnologia na indústria da construção

Vários setores da indústria brasileira e do mundo avançaram e continuando avançando no aprimoramento da produtividade – Produzindo mais com um menor custo de mão de obra. Mas na indústria da construção a baixa produtividade ainda é um problema constante. Nos últimos 20 anos a produtividade do setor da construção brasileira cresceu apenas 1%. E esse fato está relacionado principalmente a baixa eficiência da mão de obra: A produtividade do trabalhador brasileiro, do setor da construção, é considerada uma das menores do mundo, não chegando a um quarto do verificado nas economias desenvolvidas.


Estima-se que as 500 maiores empresas do Brasil, incluindo principalmente as ligadas à cadeia produtiva da construção civil, perdem R$ 230 milhões por ano devido à baixa produtividade em suas operações. E os custos crescentes e o baixo desempenho da mão de obra são considerados os principais fatores que impactam a margem de lucro e o potencial de crescimento das empresas do setor. Mas mesmo com este cenário alarmante, ainda são poucas as empresas que utilizam indicadores de produtividade de forma consistente, identificando as perdas e elaborando ações corretivas que refletem na melhoria da performance operacional.


A maioria das empresas, do setor, atribuem a baixa utilização de indicadores de produtividade à complexidade e dificuldade de coleta de dados e de comparação entre seus empreendimentos. Mas com a chegada de novas tecnologias este cenário está mudando. A mudança de paradigma está vindo principalmente pelas atuações das startups e dos investimentos focados em inovação no segmento. A McKinsey fez um mapeamento e detectou que já existem 2.500 soluções lideradas pelas Construtechs com foco na melhoraria da produtividade na construção civil. Entre elas, destacam-se a automação de atividades operacionais, utilização de inteligência artificial, análise de dados, informação de maneira integrada e digitalização de processos. Há ainda a industrialização na construção que, apesar de ser disseminada no país, tem espaço de crescer mais. Essa modulação possibilita reduzir o tempo de construção, diminuir custos e aumentar a qualidade final da obra. E de acordo com as pesquisas elaboradas pela McKinsey, a produtividade na construção civil brasileira tem um potencial de melhorar em até 50%, desde que adotadas boas práticas e novos conceitos, mas principalmente, se houver mais investimentos em tecnologia.

Autor: Jayron Barros Araújo

CEO da Mentor da Construção

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